O setor de cartões encerrou o terceiro trimestre com R$ 1,1 trilhão em transações, avanço de 10,5% em relação ao mesmo período de 2024. O resultado confirma a trajetória de digitalização dos pagamentos e o papel dos meios eletrônicos no aquecimento do consumo.

Gráfico de barras apontando crescimento dos pagamentos com cartões
Volume recorde entre julho e setembro reflete maior adesão a cartões físicos e carteiras digitais.

Detalhes do crescimento

O montante consolidado engloba compras realizadas entre julho e setembro nas modalidades crédito, débito e pré-pago.

  • Volume financeiro: R$ 1,1 trilhão transacionado em estabelecimentos físicos e online.
  • Expansão anual: alta de 10,5%, acima da inflação e do ritmo de crescimento do varejo ampliado.

Segundo executivos do setor, o uso intensivo dos cartões sinaliza confiança do consumidor e reforça a preferência por meios rastreáveis e seguros.

Fatores que impulsionaram o trimestre

  • Inclusão financeira e fintechs: bancos digitais ampliaram a base de cartões ativos, oferecendo taxas e recompensas competitivas.
  • E-commerce aquecido: compras online continuam a migrar pagamentos em boleto e transferência para cartões.
  • Parcelamento em alta: crédito continua sendo ferramenta para compras de maior valor e planejamento do orçamento.
  • Tecnologia contactless: pagamentos por aproximação e carteiras digitais reduziram atrito na jornada do cliente.

Comportamento por modalidade

O crédito mantém a maior fatia do volume total, mas o débito e os cartões pré-pagos avançam com programas de benefícios e soluções para contas digitais.

  • Crédito: lidera o movimento, sustentado por parcelamentos sem juros e limites maiores aprovados por algoritmos de risco.
  • Débito: cresce com a ampliação dos pagamentos recorrentes e de assinaturas, que migram do dinheiro para meios eletrônicos.
  • Pré-pago: ganha espaço entre consumidores não bancarizados e em empresas que distribuem benefícios corporativos.

Perspectivas para os próximos trimestres

Especialistas avaliam que o setor manterá ritmo firme até o fim do ano, apoiado pela digitalização do varejo, pela recuperação gradual da renda e pela Black Friday seguida da temporada de festas. A expectativa é que a marca de R$ 4 trilhões em 12 meses seja alcançada ainda em 2025.

Para os consumidores, a recomendação é aproveitar os benefícios dos cartões sem descuidar do planejamento: acompanhar limites, centralizar faturas em aplicativos oficiais e avaliar taxas de juros antes de recorrer ao rotativo.